Nos dias atuais o mercado de trabalho
vem sofrendo grandes mudanças, sendo formado por colaboradores cada vez mais
independentes. Diante desse cenário, as empresas precisam se adaptar, mas como
fazer com que a liderança converse com esse novo tipo de público interno?
Atualmente, as empresas estão
trabalhando de forma que a liderança seja horizontalizada, ou seja, os altos
cargos da empresa estão tornando-se parceiros de seus colaboradores, há uma
maior interação, e todos são ouvidos.
Um bom exemplo disso é o Google, a
empresa se adaptou a essa nova era, e inovou, criando um novo jeito de ser. Os
funcionários possuem liberdade de horário, em seus escritórios existem jogos,
vídeo games, ambientes para descanso, e podem até mesmo levar seus cães para
trabalharem junto com eles. Além disso, todos têm acesso aos assuntos que estão
sendo tratados na empresa, podendo ou não dar a sua opinião.
Funcionários do Google jogam uma partida de ping-pong (Foto de Ricardo Corrêa)
Independente dessa liberdade, o líder,
ainda deve agir como um líder. Existem cobranças e metas a serem cumpridas, e
nesse caso, o funcionário precisa estar muito mais comprometido.
“O que temos é uma série de variáveis que tocam o coração das pessoas e permitem que os profissionais estejam 100% engajados e encantados em trabalhar aqui. Qualquer escritório pode ter uma mesa de sinuca, mas, se isso for usado por pessoas que não estão engajadas, é um desperdício de tempo. Quem olha só a mesa colorida de bilhar tem a visão de apenas uma parte dessa realidade, que é uma cultura de altíssimo engajamento e que vai se traduzir depois em pessoas que buscam cada vez mais excelência e criatividade.”
(Fábio Coelho – Presidente do Google Brasil em entrevista para a revista Época)
E onde entra a comunicação interna
nesse processo? São os comunicadores da empresa que irão auxiliar o líder, por
que afinal, as pessoas precisam saber que ele está ali para apoiá-los e dar
todo suporte necessário. O líder nesse caso funciona como um guia, que ajudará
a direcionar o trabalho de seus colaboradores.
Escritório do Google em São Paulo (Foto de Ricardo Corrêa)
O fato de haver liberdade não quer
dizer que não exista uma alta cobrança, e o líder, em parceria com a
comunicação interna, deve engajar seus funcionários, para que todos se empenhem
em realizar o melhor trabalho possível, pois quando os funcionários assumem um
compromisso sério a produtividade aumenta e o ambiente torna-se propício a ela.
“Temos um ambiente de idoneidade extremamente estruturado, com metas e resultados medidos diariamente e projetos revisados trimestralmente. O funcionário sabe seu compromisso com a empresa e administra o próprio tempo. Quando você tem esses dois lados bem montados, o nível de supervisão necessário é muito menor. Porque é baseado na confiança. E, lógico, a confiança é irmã gêmea do respeito e da competência.”
A entrevista de Fábio Coelho reforça o
conceito de engajamento e produtividade, ligando diretamente o bem-estar e
independência do colaborador ao sucesso da empresa. Portanto, cabe ao líder e a
comunicação explorar isso, e saber a maneira ideal de explorar o que cada
colaborador tem de melhor.
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