No decorrer
do blog falamos de comportamentos que são fundamentais para o engajamento e mudança,
como o diálogo aberto e relacionamentos baseados em parcerias. Um último fator
merece um tópico especial: A melhor forma de mudar um comportamento e motivar
uma equipe é sem dúvida, o exemplo.
Não
importa a idade, todo o ser humano, assim como as crianças, tem como principal
ferramenta de aprendizado a observação.
Claro que às vezes pagamos para ver, mas daí entra o papel do diálogo
entre líder e colaborador. Enquanto isso, vamos acompanhar a descrição de um
fenômeno que está cada vez mais nas pautas da liderança: o chamado walk
the talk.
Por
definição a expressão walk the talk
significa “faça o que você diz”. Segundo Monica Alvarenga, especialista em
comunicação organizacional, diretora da Múltipla Comunicação e colunista da
Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Organizacional) “muitos líderes que repetem a expressão walk the talk não honram seu significado. A expressão está ficando
banalizada. Há líderes que se lembram do “talk” mas não do “walk”,
esquecendo-se do exemplo".
Quando o líder enxerga que ele é o espelho da
equipe, ele diminui seus esforços na construção de grandes
apresentações de Power point, que são facilmente esquecidas, e na implementação de ferramentas
complexas, muitas vezes pouco efetivas, e concentra-se em repassar ou reforçar um conceito no dia a
dia, por meio do seu exemplo. É comum em fábricas, por exemplo, ouvirmos
conversas da equipe de segurança para um colaborador relapso: “você não
está usando seu EPI (equipamento de segurança individual). Repare no Gerente
Geral, ele só sai do prédio administrativo com todos os EPIs”. Discursos como
esse impactam o colaborador e reforçam a importância do líder estar atento ao
seu comportamento, caso o contrário, além de não conseguir alinhar sua equipe a uma cultura organizacional o líder pode cair
em descrédito: a rádio peão logo se encarrega de transmitir mensagens como “Ele
fala para a média liderança preencher a ferramenta X ao entrar na fábrica, mas
esses dias eu perguntei sobre a ferramente e ele disfarçou por não ter preenchido”.
Bom, mas o que a área de Comunicação pode fazer
para aplicar essa forma de condução de equipes? Basicamente o nosso papel nesse
tipo de situação é aconselhar e provar ao líder da empresa a importância de
agir de acordo com o que fala: segundo Gilberto Cury presidente da Sociedade Brasileira
de Programação Neurolinguística “o líder deve entender que é um pouco pai. O melhor treinamento que existe é o exemplo do chefe, pois as
pessoas fazem o que seus modelos fazem”.
“Aos
poucos a equipe vai seguindo os passos, sendo motivada a seguir com um
comportamento que está alinhado à organização: Quando o empregado percebe
unidade entre o que ouve e o que experimenta numa empresa é o primeiro a brigar
por sua reputação. Afinal, quem não quer vestir a camisa e defender com paixão
a companhia onde passa a maior (e talvez a melhor) parte de seu tempo?” – finaliza Monica Alvarenga.
Dessa forma, devemos observar o comportamento
do líder da empresa e prestar atenção em possíveis gaps de atitudes. Essa “visão de quem está de fora” ajuda-os a aplicar
o walk the talk e fazer jus a uma
filosofia que também se aplica às organizações, a de que um exemplo vale mais do que mil palavras!
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