sábado, 8 de setembro de 2012

Falar é fácil, o desafio é dar o exemplo!


No decorrer do blog falamos de comportamentos que são fundamentais para o engajamento e mudança, como o diálogo aberto e relacionamentos baseados em parcerias. Um último fator merece um tópico especial: A melhor forma de mudar um comportamento e motivar uma equipe é sem dúvida, o exemplo.

Não importa a idade, todo o ser humano, assim como as crianças, tem como principal ferramenta de aprendizado a observação.  Claro que às vezes pagamos para ver, mas daí entra o papel do diálogo entre líder e colaborador. Enquanto isso, vamos acompanhar a descrição de um fenômeno que está cada vez mais nas pautas da liderança: o chamado walk the talk.

Por definição a expressão walk the talk significa “faça o que você diz”. Segundo Monica Alvarenga, especialista em comunicação organizacional, diretora da Múltipla Comunicação e colunista da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Organizacional) muitos líderes que repetem a expressão walk the talk não honram seu significado. A expressão está ficando banalizada. Há líderes que se lembram do “talk” mas não do “walk”, esquecendo-se do exemplo".

Quando o líder enxerga que ele é o espelho da equipe, ele  diminui seus esforços na construção de grandes apresentações de Power point, que são facilmente esquecidas, e na implementação de ferramentas complexas, muitas vezes pouco efetivas, e concentra-se em repassar ou reforçar um conceito no dia a dia, por meio do seu exemplo. É comum em fábricas, por exemplo, ouvirmos conversas da equipe de segurança para um colaborador relapso: “você não está usando seu EPI (equipamento de segurança individual). Repare no Gerente Geral, ele só sai do prédio administrativo com todos os EPIs”. Discursos como esse impactam o colaborador e reforçam a importância do líder estar atento ao seu comportamento, caso o contrário, além de não conseguir alinhar sua equipe a uma cultura organizacional o líder pode cair em descrédito: a rádio peão logo se encarrega de transmitir mensagens como “Ele fala para a média liderança preencher a ferramenta X ao entrar na fábrica, mas esses dias eu perguntei sobre a ferramente e ele disfarçou por não ter preenchido”.

Bom, mas o que a área de Comunicação pode fazer para aplicar essa forma de condução de equipes? Basicamente o nosso papel nesse tipo de situação é aconselhar e provar ao líder da empresa a importância de agir de acordo com o que fala: segundo Gilberto Cury presidente da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística “o líder deve entender que é um pouco pai. O melhor treinamento que existe é o exemplo do chefe, pois as pessoas fazem o que seus modelos fazem”.

“Aos poucos a equipe vai seguindo os passos, sendo motivada a seguir com um comportamento que está alinhado à organização: Quando o empregado percebe unidade entre o que ouve e o que experimenta numa empresa é o primeiro a brigar por sua reputação. Afinal, quem não quer vestir a camisa e defender com paixão a companhia onde passa a maior (e talvez a melhor) parte de seu tempo? – finaliza Monica Alvarenga.

Dessa forma, devemos observar o comportamento do líder da empresa e prestar atenção em possíveis gaps de atitudes. Essa “visão de quem está de fora” ajuda-os a aplicar o walk the talk e fazer jus a uma filosofia que também se aplica às organizações, a de que um exemplo vale mais do que mil palavras!

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